terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pós-escrito - Nezah


Ilegal. Imoral. E Engorda... Se pudesse resumir a leitura de Luis Fernando Veríssimo, resumiria assim. Luis Fernando é, embora minha frase soe ambígua, delicioso. Seja em uma crítica artística, seja em um livro sobre a arte da degustação, seja confessando seu amor e suas taras, seja retratando com extrema ironia o homem brasileiro, ler Luis Fernando é simplesmente delicioso. O Analista de Bagé, Mentiras que os Homens contam e Comédias da Vida Privada são excepcionais livros que retratam o cotidiano nosso. O Banquete dos Deuses e, principalmente, o fantástico Clube dos Anjos me deixam com fome. O último trata de uma sociedade de pessoas que busca na experiência sensitiva da degustação da comida uma razão pra viver. E a encontram, em pratos sofisticados e no famigerado Fugu, que não cortado corretamente, emana um veneno mortal. Sexo na Cabeça é um sensacional livro sobre a realidade – e as fantasias – da sexualidade dos brasileiros. E do próprio Luis Fernando, que dedicou alguns dos contos para Luana Piovani – inclusive o sensacional conto em que ele pede a um gênio um livro, um disco e a Luana, para passar o resto dos seus dias em uma ilha deserta, incluindo as posteriores investidas nela... “meu relacionamento com a Luana é avuncular” eu retirei, inclusive, de uma entrevista concedida por Luis Fernando. Também retirei de um dos seus contos o fato dele tripudiar a palavra “Hermeneutas”. Também não é de minha autoria a frase que retirei, do mesmo conto do gênio, em que a Luana Piovani lhe diz sincera, no final: “Pô, Luis Fernando”

E, só para constar, esse conto é dedicado a William George Figueroa.

Um comentário:

  1. hoahooahaohaooahhaoahoaho
    Excelente... Só espero q desta vez o Millôr te deixe em paz...

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